A desinformação a desserviço do Poder

http://lilicarabinabr.blogspot.com.br/2013/08/papelao-no-supremo.html

Imagem da internet

 

Os servidores do PJU também ficaram, Excelentíssimo Senhor Presidente Enrique Ricardo Lewandowski!

Os servidores do Poder Judiciário da União vêm lutando diariamente há mais de 4 meses e pelos mais variados meios para esclarecer à mídia, aos parlamentares e à população os verdadeiros valores do PLC 28/2015.

Contudo, enfrentamos forte oposição da opinião pública que tem contato quase diário com notícias que pregam que “o aumento de até 78%” geraria efeito cascata e causaria o fim do ajuste fiscal em detrimento da comprovada “reposição de 56% em média” pelo período de 9 anos. Chegam a passar para a população que os servidores teriam “quase 80% de reajuste em seus salários”.

Fato já previsto e esperado, uma vez que os meios de comunicação utilizam a questionável nota técnica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para embasar suas matérias, mesmo que os números sejam manipulados para impressionar e causar impacto, tendo sido inclusive rebatida pelo próprio STF (clique aqui para acessar a nota técnica e a resposta do STF a ela).

Mas a forte decepção veio mesmo quando o próprio chefe do Poder Judiciário da União, o autor do projeto em tela, declarou em entrevista a jornalistas que “infelizmente, diante da crise econômica que o país está passando, não será possível conceder o aumento de 78%”. (clique aqui  para ler a entrevista)

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Falta informação?

Reforçando que já está comprovado que o aludido número de 78% não será pago a nenhum servidor do judiciário, ou seja, atualmente nenhum servidor da carreira receberá 78% em sua remuneração, causa certa perplexidade aos servidores a repentina mudança na postura do chefe do Supremo com essa desinformação (Clique aqui e veja).
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Servidores questionam se é possível afirmar que a declaração tenha sido dada apenas em um momento de retaliação aos protestos que estavam sendo realizados na sede do TJDFT. Questionam, ainda, a adoção desse tipo de discurso que só amplia mais a desinformação e o descontentamento de todos, inclusive da sociedade bem informada.

Sabendo que os ministros têm notável saber jurídico, idoneidade moral e reputação ilibada, espera-se que sempre que são confrontados com dados reais não fiquem sem responder à altura, pelo nível de responsabilidade inerente ao cargo que ocupam.

Se a falácia de 78% realmente ganha espaço nos discursos do Presidente do PJU, os servidores poderão ter duas possíveis respostas: 1 – Trata-se de desinformação ou 2 – Trata-se de má-fé.

Como os servidores não acreditam que um Presidente de um dos poderes da República trabalhe com desinformações, pois esperam que esteja cercado de pessoas competentes e bem informadas para se evitar que informações equivocadas se propaguem, principalmente na imprensa, seria importante o ministro se debruçar e conhecer melhor os dados sobre o poder que preside.

Partindo do pressuposto de que o ministro, como presidente do CNJ conhece bem o teor da Resolução nº 102/2015, que determina aos tribunais divulgar o quantitativo de cargos efetivos ativos na estrutura, presume-se que conheça tais dados acerca do poder que preside ou espera-se que o Diretor-Geral do STF já detenha e repasse esse tipo de informação evitando enganos futuros.

Para comprovar o equívoco cometido pelo atual Presidente do STF, seguem informações, com a indicação da fonte, sobre o verdadeiro número de servidores de cada Tribunal  que supostamente receberiam os 78%: Zero!

Os números acima apresentados estão atualizados de acordo com os dados disponibilizados nos portais oficiais dos Tribunais e será constantemente atualizado
As informações sobre o PLC 28/2015 vêm sendo, repetidas vezes, esclarecidas por parte dos Servidores do PJU e ganha sempre apoio de vários especialistas e de pessoas esclarecidas que entendem do assunto. É isso o que se espera do representante como Ministro Presidente: segurança em suas declarações e estar cercado de dirigentes competentes para o repasse de dados reais sobre os projetos de sua responsabilidade a fim de evitar veiculação falaciosa de notícias por parte da mídia e das fontes manipuladas do governo. É um desserviço replicar a desinformação que só atrapalha o alcance de uma estrutura que permita ao Brasil ter uma justiça independente e capacitada.
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É muito difícil conceber que grandes assuntos constitucionais possam passar por tratamento semelhante ao que está sendo dado ao PLC 28/2015 por parte do próprio Chefe do STF. A grande preocupação é saber se um dos guardiões da Carta Magna se debruça sobre temas de extrema importância para o pais usando a mesma venda utilizada pela Deusa Têmis quando tem conduzido o projeto de valorização de carreira dos servidores do Poder Judiciário da União.