Os servidores do PJU também ficaram, Excelentíssimo Senhor Presidente Enrique Ricardo Lewandowski!
Os servidores do Poder Judiciário da União vêm lutando diariamente há mais de 4 meses e pelos mais variados meios para esclarecer à mídia, aos parlamentares e à população os verdadeiros valores do PLC 28/2015.
Contudo, enfrentamos forte oposição da opinião pública que tem contato quase diário com notícias que pregam que “o aumento de até 78%” geraria efeito cascata e causaria o fim do ajuste fiscal em detrimento da comprovada “reposição de 56% em média” pelo período de 9 anos. Chegam a passar para a população que os servidores teriam “quase 80% de reajuste em seus salários”.
Fato já previsto e esperado, uma vez que os meios de comunicação utilizam a questionável nota técnica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para embasar suas matérias, mesmo que os números sejam manipulados para impressionar e causar impacto, tendo sido inclusive rebatida pelo próprio STF (clique aqui para acessar a nota técnica e a resposta do STF a ela).
Mas a forte decepção veio mesmo quando o próprio chefe do Poder Judiciário da União, o autor do projeto em tela, declarou em entrevista a jornalistas que “infelizmente, diante da crise econômica que o país está passando, não será possível conceder o aumento de 78%”. (clique aqui para ler a entrevista)
Servidores questionam se é possível afirmar que a declaração tenha sido dada apenas em um momento de retaliação aos protestos que estavam sendo realizados na sede do TJDFT. Questionam, ainda, a adoção desse tipo de discurso que só amplia mais a desinformação e o descontentamento de todos, inclusive da sociedade bem informada.
Sabendo que os ministros têm notável saber jurídico, idoneidade moral e reputação ilibada, espera-se que sempre que são confrontados com dados reais não fiquem sem responder à altura, pelo nível de responsabilidade inerente ao cargo que ocupam.
Se a falácia de 78% realmente ganha espaço nos discursos do Presidente do PJU, os servidores poderão ter duas possíveis respostas: 1 – Trata-se de desinformação ou 2 – Trata-se de má-fé.
Como os servidores não acreditam que um Presidente de um dos poderes da República trabalhe com desinformações, pois esperam que esteja cercado de pessoas competentes e bem informadas para se evitar que informações equivocadas se propaguem, principalmente na imprensa, seria importante o ministro se debruçar e conhecer melhor os dados sobre o poder que preside.
Partindo do pressuposto de que o ministro, como presidente do CNJ conhece bem o teor da Resolução nº 102/2015, que determina aos tribunais divulgar o quantitativo de cargos efetivos ativos na estrutura, presume-se que conheça tais dados acerca do poder que preside ou espera-se que o Diretor-Geral do STF já detenha e repasse esse tipo de informação evitando enganos futuros.
Para comprovar o equívoco cometido pelo atual Presidente do STF, seguem informações, com a indicação da fonte, sobre o verdadeiro número de servidores de cada Tribunal que supostamente receberiam os 78%: Zero!