A servidora da foto, Graziela Amorim, relata a verdade dos fatos e desmente a reportagem do Jornal Correio Brasiliense.
Hoje, domingo, dia 18 de outubro de 2015, foi repassada nos grupos de whatsapp de servidores do judiciário uma foto com uma reportagem do Jornal Correio Brasiliense de:
Helena Mader – helenamader.df@dabr.com.br do dia 18/10/2015 no Caderno Cidades. A reportagem tinha o Título de “Corneta Virtual” e estampava a foto da servidora da Justiça Federal – Graziela Borges de Amorim. Falava sobre a manifestação de servidores do Judiciário do dia 14/10/2015 em frente ao TJDFT durante a visita do Ministro do STF – Ricardo Lewandowski. A servidora desmente todos os fatos da reportagem e pede ao Jornal Correio Brasiliense seu direito devido e justo à resposta e ao esclarecimento das verdades dos fatos como manifestado por ela mesma:
“Venho, por meio do Fazendo Justiça, um blog de servidores para servidores, desmentir os fatos veiculados na nota do Jornal Correio Brasiliense do dia 18/10/2015 intitulada ‘Corneta Virtual’. Nessa publicação foram ditas várias inverdades:
Me espantou a falta de conexão com a realidade da publicação conforme a foto tirada: com minha imagem estampada foi registrado o momento em que me dirigi com dois colegas para “vuvuzelar” entre os blocos do TJDFT. A própria jornalista que estava logo atrás de mim, a pessoa de azul, sequer teve o interesse jornalístico de questionar se éramos sindicalistas e o que estávamos fazendo ali antes de publicar sua matéria duvidosa.
Não sou sindicalista. Sou uma servidora do Poder Judiciário e estava naquele momento defendendo meu direito a um reajuste salarial que não ocorre há nove anos.
Estávamos todos em uma manifestação, eu e uma centena de outros colegas próximos e de alcance imediato aos olhos da jornalista e do fotógrafo. Estavam concentrados com faixas e cartazes, ao contrário do veiculado pelo referido jornal – ‘poucos manifestantes faziam o protesto’, induzindo os leitores ao engano por mostrar um espaço onde não estava a maior parte da manifestação.
Outro absurdo: inventar que ‘foi preciso gravar o barulho de buzina e transmiti-lo no carro de som’. Isso é uma farsa. Mais uma falácia da jornalista e do fotógrafo que cobriam a matéria.
Esse tipo de matéria denigre a impressa, que perde a razão quando tenta manipular a verdade. O Jornal perde a credibilidade de seus leitores. Eu, particularmente, como leitora assídua que era, me recuso a continuar lendo um jornal que inventa levianamente os fatos.
Conclamo meus colegas, nossos amigos e familiares a não mais consumir um jornal que deveria ter comprometimento com a verdade, mas que veicula informação falaciosa como esta desse jornal que até então tinha meu respeito. Peço um direito de resposta por nele estar estampada minha imagem e uma retratação por parte do Jornal Correio Brasiliense.”
Graziela Borges de Amorim – servidora pública não sindicalista da Justiça Federal
Publicado em 18 de outubro de 2015
Outro servidor que estava na mesma foto do jornal, Luiz Corassa, ficou indignado ao ler a notícia sobre a manifestação em frente ao TJDFT. Disse ser tendenciosa por ser testemunha que havia mais de uma centena de servidores se manifestando e sem usar o microfone para vuvuzela como estava na reportagem.
“Prezada senhora editora-chefe Ana Debeux,
Brasiliense é quem nasce em Brasília; brasiliense é quem tem orgulho de ser dessa cidade; brasiliense é quem tem a oportunidade de ver de muito perto a realidade dos bastidores do país; brasiliense é quem propaga a verdade. Não é dessa cidade – nem brasiliense nem brasiliense – quem vem se aproveitar do que almas vendidas estão a oferecer no mercado negro das negociatas propostas por governos, seja em que momento for. Não pode ser brasiliense com S ou com Z quem mente descaradamente, mesmo tendo a oportunidade se ser testemunha ocular da verdade acontecida e tendo o dever, moral inclusive, de propagá-la.
Um dia, ainda inocente, tive orgulho de defender esse dito veículo de informação, mas há muito percebi a falta de qualidade de alguns profissionais que integram o seu corpo de colaboradores, tanto no uso da língua quanto no uso das informações. É indefensável desde muito!
A pequena nota divulgada acerca da manifestação dos servidores do PJU em frente ao TJDFT é vergonhosa, diria até mesmo hilária, de tão ridícula a mentira contada. EU estava presente a essa manifestação e estou na foto veiculada; vi quando os repórteres chegaram; vi o tempo que ficaram ali –suficiente para ver a quantidade de pessoas que ordenada e respeitosamente se manifestavam. Havia ali mais de uma centena de servidores lutando por um direito constitucional. Não houve em momento algum som de cornetas em alto-falantes. Houve, sim, pessoas honestas, e dispostas a lutar pela verdade, a tocar incansavelmente as vuvuzelas para que outro ser que não tem idoneidade, muito menos credibilidade, para ocupar o posto de chefe de poder, repensasse sua conduta acerca de servidores concursados e competentes, que nisso diferem em muito dele.
Injustiçados com longos nove anos sem recomposição salarial, esses servidores se defrontam com uma inflação acumulada de 2006 a setembro de 2015 de 78,31% (IGP-M) e reivindicam reposição média de 56%, sendo os propalados 78% destinados a apenas 14 servidores ocupantes de cargos de auxiliares judiciários.
Talvez a senhora, para gerir melhor a sua equipe, precise de informações mais verdadeiras, mais exatas e não tendeciosas. Podemos fornecê-las! Conte conosco para tentar resgatar a credibilidade deste jornal. Assim, quiçá, quem busca informações confiáveis passe a ler o Correio.
Não se esqueça, somos milhares e milhares servidores do PJU nesta cidade, ávidos por uma imprensa não tendenciosa, a exemplo de milhões de cidadãos brasileiros”.
Luiz Corassa, servidor público do TRF1
Publicado em 25 de outubro de 2015